Salas Verdes

A Sala Verde "Ciência, Arte e Magia" tem como missão popularizar o acesso à informação sobre o meio ambiente e funcionar como um espaço democrático de atuação social, cultural, política e ambiental.

segunda-feira, dezembro 20, 2010

Encerramento e Confraternização 2010

Pois é pessoal, chega ao fim mais um ano de atividades da Sala Verde Ciência Arte & Magia em parceria com o Centro Integrado de Apoio a Criança e ao Adolescente - CIAC/Ondina. Nosso encerramento aconteceu junto com a confraternização do CIAC, no dia 17 de dezembro. A festa contou com a presença de alunos, professores e funionários, celebrando os frutos do ano que passou. Houve apresentações de dança e coral das crianças, desfile de roupas em Moda Afro do curso Omi Dùdú¹, entrega de presentes, além de claro muita música, dança e brincadeira.

Entrega de presentes
Brincadeira e diversão

Apresentação de dança






Desfile Moda Afro









Em 2010, o Ano Internacional da Biodiversidade, trabalhamos o conceito de Meio Ambiente - em seu aspecto físico, social e cultural - na comunidade envolvida (Alto de Ondina) e em sua relação com os meios de comunicação de massa. O produto desse trabalho concretizou-se na elaboração do Jornalzinho Sala Verde, que ainda está em fase de conclusão. 

O trabalho agora continua no processo de representação e análise dos resultados obtidos durante a pesquisa, que seriam: finalização e distribuição do jornalzinho na comunidade; produção do curta documentário, demonstrando todo o processo da pesquisa e elaboração de um artigo.

Me despeço aqui dessa turminha que acompanhei durante 4 meses. Espero que vocês tenham aprendido comigo tanto o quanto aprendi com vocês.

1- ONG que realiza curso de Moda Afro com aulas de confecção e customização em espaço cedido pelo CIAC.

terça-feira, novembro 30, 2010

Educomunicação Ambiental: Diário de Atividades 09

Finalmente chegou a hora de colocar a mão na massa, ou melhor na caneta. Depois de três meses conversando e discutindo sobre Meio Ambiente e comunicação, iniciamos a construção do Jornalzinho Sala Verde CIAC/Ondina.


Essa fase do trabalho, por ser mais densa e delicada exigiu um acompanhamento específico para cada grupo. Durante o período de 27/10 até  08/12 as crianças da turma 01 estruturaram suas pautas, entrevistaram suas fontes, construíram o texto e fizeram fotos para compor suas reportagens.

Na turma 02, por se tratarem de crianças menores, algumas que ainda nem sabem escrever, optei por inserir suas participações através de histórias e desenhos, que estarão estrutaradas no jornalzinho da seguinte forma: Galeria de desenhos e Caderno Especial Narrando Minha História, com o tema: "Como é o Meio Ambiente em que vivo"

As pautas realizadas foram as seguintes*:

- A história do CIAC: Como funciona o Centro Integrado de Apoio a Criança e ao Adolescente

- Diversão no Zoo: A importância do zoológico para a comunidade do Alto de Ondina

- A horta do CIAC: Projeto Sala Verde ensina crianças a cultivar legumes

- Moda Afro: Curso de corte e costura promove a cultura Afro

- O passado do CIAC: Ex-alunos contam como funcionava o CIAC antigamente

- Sujeira nas ruas: O lixo nas ruas do Alto de Ondina 









* Títulos sujeitos a mudança após a revisão.

Agora estamos em fase de edição. Aguardem, pois em breve haverá o lançamento da 1ª edição do Jornal CIAC/Ondina.                          

segunda-feira, novembro 29, 2010

Nota: Trabalho da Sala Verde é apresentado no Seminário Estudantil de Pesquisa da UFBA

O trabalho desenvolvido pela Sala Verde no Centro Integrado de Apoio à Criança e ao Adolescente – CIAC foi apresentado no XXIX Seminário Estudantil de Pesquisa  (SEMPPG) da UFBA, no dia 11 de novembro.

A pesquisa intitulada: "Educomunicação Ambiental: A relação do jovem com a mídia em temas ambientais." foi apresentada pela estudante da Faculdade de Comunicação da UFBA, Gisele Santana, com orientação da Profª Drª Rejâne Maria Lira da Silva e Co-orientação da Profª Rosimere Lira da Silva.

O trabalho que ainda está em andamento, mostrou os resultados parciais da  pesquisa-ação, através do relato de experiência das atividades praticadas com as crianças, (acompanhado aqui no blog pelo Diário de Atividades.)

quarta-feira, novembro 10, 2010

Ciência Jovem nas Esferas

Crianças do CIAC participam de evento científico
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A participação de jovens em eventos científicos é importante para ampliar o conhecimento e incentivo das ciências entre os estudantes. Pensando nisso,  realizamos, essa semana, uma atividade diferente com as crianças do CIAC. Elas foram levadas no dia 20 de outubro até o Centro Cultural da Barroquinha para participarem do "Ciência Jovem nas Esferas", um ancoradouro a VII Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.


Produzido pelo Programa Social de Educação, Vocação e Divulgação Científica "Ciência, Arte e Magia", coordenado pela Prof.ª Dr.ª Rejâne Lira, o evento teve como objetivo divulgar as produções relativas ao trabalho dos estudantes do Projeto. O espaço foi dividido em 5 esferas: Esfera do Gabinete de Curiosidades Científicas - Apresentação de experimentos; Esfera da Ciência Lúdica - Jogos de tabuleiro; Esfera dos Jogos Eletrônicos - Jogos de computador; Esfera da Rede de Zoologia Interativa - Exposição de Animais Peçonhentos e Esfera da Sala Verde - Exposição de vídeos e oficina de origami; além de apresentações de palestras, teatro e recital de poesia. Todos apresentando a ciência de forma lúdica e interativa, facilitando a compreensão de fenômenos físicos, químicos e socioambientais presentes na vida cotidiana.




quinta-feira, outubro 07, 2010

Educomunicação Ambiental: Diário de Atividades 08

Segunda e Terça-feira (04 e 05/10/2010)

Iniciamos essa semana a discussão de pauta para decidir sobre que foco cada grupo irá realizar sua matéria, que deve estar ligada à temática ambiental e/ou à comunidade do Alto de Ondina. 

Como trata-se de uma reportagem é necessário fazer um planejamento antes de se escrever o texto. Essa é a função da pauta, que consiste em destrinchar os aspectos que o tema abordará: determinar as fontes que serão consultadas; pesquisar o que se tem discutido sobre o tema; elaborar as perguntas que serão feitas nas entrevistas e descrever quaisquer outras informações relevantes para a matéria. 

Conversando com os alunos, chegamos à algumas ideias:

  • História do CIAC – Como o Centro foi criado e qual seu objetivo? Que tipo de atividades ocorrem ali? O CIAC possui parcerias? O que as crianças acham do espaço?
  • O problema do lixo nas ruas do bairro – Como é a coleta de lixo? O que os moradores acham da sujeira no bairro? Existe coleta seletiva por ali? As pessoas tem consciência dos problemas que o acúmulo de lixo pode causar?
As ideias ainda estão em fase de análise e continuaremos  discutindo sugestões de pauta na próxima semana. 

A turma 02, das crianças menores, participará da edição com uma atividade diferente. Elas criarão desenhos e histórias, seguindo a mesma linha temática na relação entre sua comunidade e o meio ambiente.

quinta-feira, setembro 30, 2010

Educomunicação Ambiental: Diário de Atividades 07

Segunda e Terça-feira (27 e 28/09/2010) 

Essa semana apresentei às crianças como se constrói um jornal e quais as funções e critérios importantes dentro de uma redação. Como exemplo, levei a edição de um jornal ambientalista da Gérmen e demonstrei a composição de uma matéria jornalística: título, linha de apoio (subtítulo), manchete, olho (destaque de uma frase), texto (reportagem, entrevista, perfil), disposição de fotos e imagens.



Expliquei como escrever uma reportagem com base no lead - parte mais importante de uma notícia, porque introduz a informação básica sobre o tema na intenção de despertar o interesse do leitor. No jornalismo, seis perguntas básicas devem ser respondidas no lead: O que? Quem? Quando? Onde? Como? Porque? A resposta a essas perguntas irá constituir no fato à ser noticiado e sua relevância para o leitor.

Após apresentar a parte teórica da elaboração de uma reportagem, partimos para a prática. Com a ajuda dos alunos escrevi uma reportagem conjunta no quadro. Eles escolhiam um tema e a partir daí respondiam as perguntas-base do lead, usando como fonte a própria criatividade. Com as informações obtidas por eles, eu desenvolvia e escrevia o texto no quadro. No final, o resultado foi bem legal e interessante. Surgiram ideias de pauta como: o aparecimento de flores raras no zoológico e a morte de uma girafa por ingestão de lixo. A última pauta abordou ainda um acontecimento vivenciado por uma das meninas em sua escola: a quantidade de lixo jogada no pátio.

A dinâmica foi bem produtiva e aproximou os jovens da construção jornalística dos fatos.


segunda-feira, setembro 27, 2010

Sala Verde Eventos: 4ª Primavera de Museus



Palestras sobre temas ambientais, experimentos científicos, oficinas de dança e origami, peças teatrais, jogos de tabuleiro e eletrônicos, todas essas atividades marcaram a 4ª edição da Primavera de Museus, entre os dias 24 e 25 de setembro no Centro Integrado de Apoio à Criança e ao Adolescente - CIAC

O evento contou com a participação de diferentes grupos e projetos, todos coordenados pela Profª Rejâne Lira, do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia. Estiveram presentes o Núcleo de Ofiologia e Animais Peçonhentos da Bahia - Noap; o Projeto Ciência, Arte & Magia; os alunos do Programa Institucional de Incentivo a Docência (Pibid - dança e biologia) e os alunos matriculados na disciplina Atividade Curricular em Comunidade (ACC), todos trabalhando juntos com o mesmo intuito de expor o universo das ciências e das artes para os jovens presentes. Foi um evento gratificante e enriquecedor para todos.


Palestra sobre tráfico de animais silvestres
Por Andreza Santiago




Crianças se divertem no espaço
 Sala Verde















Gabinete de Curiosidades Científicas


Apresentação Amanda Lemos
CAC/Evaristo
Apresentação: Crislanda Pereira
CAC/CPM









Oficinas Pibid

Oficina de dança: os 4 elementos
Oficina de Origami








Teatro


Alice no país da biodiversidade
O lixo é a casa do bicho








Jogos


Jogo de tabuleiro
Jogo eletrônico

quinta-feira, setembro 23, 2010

Educomunicação Ambiental: Diário de Atividades 06

Segunda e Terça-feira (20 e 21/09/2010)

A dificuldade de concentração ainda é grande entre as crianças, por isso, esta semana a Profª Rorimere Lira, coordenadora pedagógica do Projeto, foi ao CIAC conversar com os alunos, numa tentativa de reverter a situação.

Profª Rosimere falou sobre a importância de um bom comportamento para o desenvolvimento das atividades, deixando claro que a interação é necessária, mas precisa ser organizada. Em seguida, cada aluno respondeu se queria continuar participando da pesquisa e o porquê. As respostas foram positivas e não houve manifestação contrária.
Para encerrar a conversa, perguntamos às crianças  sobre o que elas achavam dos seus direitos e deveres no CIAC. A partir daí, construímos juntos as Regras de Convivência, baseadas no respeito mútuo. 
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Veja abaixo um vídeo de 5 min. com fotos e declarações dos jovens, durante nossos exercícios (uma prévia do documentário final).


Essa semana teremos a 4ª Primavera de Museus. Participe!

Continuem atentos às novidades por aqui.


domingo, setembro 19, 2010

Educomunicação Ambiental: Diário de Atividades 05

Segunda e Terça-feira (13 e 14/09/2010)

Ainda tomando como base temas ambientais, essa semana organizei os alunos em grupos de 4 a 6 pessoas para a dinâmica do dia. Fizemos uma competição que consistia em formar frases com recortes de palavras selecionadas. Quem formasse a frase correta primeiro ganhava. O intuito da brincadeira, além de fixar os conceitos sobre Meio Ambiente que trabalhamos, era ajudar os garotos a conhecerem melhor a estrutura de uma frase, já que identifiquei alguns problemas desse sentido nos textos analisados.











O jogo se mostrou eficaz, na medida em que estimulou o interesse dos jovens, garantiu concentração e participação mais ativa. Após o término do jogo, cada grupo desenvolveu uma prévia de jornal, com notícias criadas por eles e de acordo com seu cotidiano. Foi uma abordagem livre, por isso tudo ficou ao critério das crianças: temas, título, redação. O objetivo foi conhecer que ideia eles tinham de um jornal impresso.

Não foi possível realizar a discussão sobre temas ambientais divulgados pela mídia durante a semana, devido ao curto espaço de tempo, além disso, nenhum aluno fez o levantamento pedido na aula passada.

domingo, setembro 05, 2010

4ª Primavera de Museus


Setembro é mês de Primavera
dos Museus em todo o pais, e instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), vinculado ao Ministério da Cultura, convida todas as intutuições museológicas a participarem da 4ª edição do evento. Com o tema "Museus e Redes Sociais", a 4ª Primavera dos Museus acontecerá no período 20 e 26 de setembro em diferentes Instituições do Brasil. A sugestão é que os museus organizem uma programação que aborde novas conectividades, trocas, diálogos e interações com a sociedade; interligando espaços, tempos e sujeitos. Podem ser oferecidos seminários, palestras, shows, exposições com visitas guiadas, exibição de vídeos, dentre outras atividades.

O Noap (Núcleo Regional de Ofiologia e Animais Peçonhentos da Bahia), juntamente com o Projeto Ciência, Arte & Magia, participará da Primavera dos Museus com o subtema "Biodiversidade e Diversidade de Vidas", em comemoração ao Ano Internacional da Biodiversidade (2010). Em seu 3º ano de participação, o grupo de estudantes - ligados ao projeto Ciência Arte & Magia e à Atividade Curricular em Comunidade -, coordenado pela Profa. Rejâne Lira, apresentará palestras relacionadas à temática ambiental através da Sala Verde da UFBA. Além disto, o evento contará com as exposições "Darwin Now" e “Heróis da Saúde na Bahia”, jogos educativos, experimentos, peças e teatro de fantoches.

Como o nosso museu é exclusivamente itinerante, as atividades ocorrerão no Centro de Integração e Apoio à Criança e ao Adolescente (CIAC/Ondina), favorecendo assim o resgate da função social da universidade com a comunidade. O evento está marcado para os dias 24 e 25 de setembro, das 14 às 17h no primeiro dia e das 9 às 17h no segundo. A entrada é franca.

quarta-feira, setembro 01, 2010

Educomunicação Ambiental: Diário de Atividades 04

Segunda e Terça-feira (30 e 31/08/2010)

Essa semana dei continuidade ao trabalho sobre temas ambientais com a exibição de um vídeo. Fiz uma compilação de 10 min com animações, e parte de um programa da Secretaria do Meio Ambiente do Governo de São Paulo – Turma da Criança Ecológica, explicando e comentando os conceitos discutidos na semana anterior: Biodiversidade, Poluição, Aquecimento Global, Extinção, Desmatamento, etc.




As crianças assistiram ao vídeo em um primeiro momento, depois repeti a exibição e fui parando em determinados pontos para discutir os temas abordados. A atividade audiovisual foi dinâmica e bem recebida pelos jovens, só na segunda etapa encontrei resistência, ao pedir que escrevessem uma historinha. A ideia era escolher um dos personagens do programa e sua área de proteção para construir a narrativa: Bob Água X Desperdício; Frida Flor X Desmatamento; Fred Fauna X Extinção; Max Limpo X Sujeira; Lica Valente X Poluição e Aquecimento Global. 

Analisando o material produzido notei uma certa dificuldade das crianças em articular seu pensamento por meio da escrita. Muitos dos textos não chegam a constituir uma história porque são formados por frases soltas ou são apenas a  repetição do que foi visto e dito em sala. Alguns apenas descreveram o personagem escolhido ou explicaram o que haviam entendido do vídeo, mas não criaram uma narrativa.

Na próxima semana iniciarei o levantamento de notícias sobre temas ambientais na mídia, por isso pedi aos meninos que prestassem atenção nos jornais, rádios, TVs e revistas que falassem sobre o assunto. 

Continuem acompanhando o Diário de Atividades da Sala Verde e confiram a resposta dos jovens nesse trabalho que desenvolve a relação da mídia com temas ambientais.

sexta-feira, agosto 27, 2010

Educomunicação Ambiental: Diário de Atividades 03

Segunda e Terça-feira (23 e 24/08/2010) 

Devido a agitação e  conversa paralela nas turmas, antes de dar início  a atividade do dia, relacionei o conteúdo trabalhado na semana passada, propondo uma reflexão, com a seguinte questão: "O que é preciso para haver comunicação?" As respostas foram variando até chegar ao ponto pretendido: escutar. Expliquei às crianças que na comunicação é necessário a presença de um interlocutor, alguém para receber a mensagem, ouvir, entender. Esse foi o ponto discutido. Saber ouvir para saber falar.


A dinâmica do dia foi relacionada à brincadeira Forca, porém com um estilo diferenciado. Escolhi duas palavras relacionadas ao tema da vez – Meio Ambiente e Natureza - que as crianças deveriam adivinhar. Elas tinham duas opções, escolher uma figura ou uma letra, que podiam ter ou não relação com as palavras. Se errassem ganhavam uma parte do corpo.

Após a descoberta das palavras, fiz questionamentos sobre alguns dos conceitos relativos ao tema do dia: Meio Ambiente, Poluição, Aquecimento Global, Reciclagem, Extinção. Foi uma abordagem livre e interferi pouco, porque queria sondar as ideias que os jovens tinham sobre o assunto. Os depoimentos foram gravados e farão parte do documentário final.

Para finalizar o exercício, pedi que cada criança escrevesse uma frase relativa ao assunto trabalhado durante o dia.

quarta-feira, agosto 18, 2010

Educomunicação Ambiental: Diário de Atividades 02

Segunda e Terça-feira (16 e 17/08/2010)


Nessa segunda semana de atividades no CIAC trabalhei com as crianças o conceito de comunicação e jornalismo. Primeiro, debatemos sobre a função e a importância da comunicação na sociedade. Posteriormente, apliquei um pequeno questionário que me ajudará a identificar o perfil dessas crianças como público consumidor dos meios de comunicação.

Entre as respostas obtidas (“Traz informação” e “ajuda a comunicar”) percebe-se que os jovens tem ideia do conceito de comunicação, embora confundam o meio com o objeto. Em relação aos meios, os exemplos mais citados foram: televisão, computador, celular, revista, jornal e rádio. Desses, pedi que cada aluno escrevesse quais tinham contato, quais possuíam mas afinidade e que tipo de informação e entretenimento mais os atraíam nesses meios.

Analisando o questionário concluí que entre essas ferramentas, o acesso mais reduzido é o computador, embora esse tenha sido um dos preferidos das crianças, junto com a televisão e o celular. Em relação às atividades que mais os interessavam nessas ferramentas, os ganhadores foram: jogar e assistir desenhos.

Por fim, falei um pouco sobre a importância do trabalho do jornalista e pedi que os alunos comentassem sobre alguma notícia que tinham visto durante a semana. Acidentes e futebol foram os temas mais recorrentes.

Encerrei a atividade do dia com a brincadeira do “telefone sem fio”, fazendo uma metáfora do jogo com o jornalismo. Como, geralmente, a frase inicial dita, vai passando por vários ouvidos e chega modificada ao último participante, isso reflete um exemplo de falha na comunicação. Expliquei às crianças que esse é um exemplo evitado no jornalismo e serve como crítica ao “disse-me-disse”, que se transforma em fofoca. Por isso é importante apurar antes de se passar qualquer informação.

sexta-feira, agosto 13, 2010

Educomunicação Ambiental: Diário de Atividades 01

Segunda e Terça-feira (09 e 10/08/2010)

Iniciamos as atividades no CIAC essa semana, às 14hs. O trabalho está sendo desenvolvido em duas turmas, com cerca de 19 a 25 alunos: Turma 01 – de 10 a 14 anos (segunda-feira) e Turma 02 – de 7 a 11 anos (terça-feira). Primeiro, Bruno Pamponet,  estudante de psicologia e antigo integrante do Projeto Sala Verde Ciência, Arte & Magia, fez uma breve apresentação sobre o seu trabalho desenvolvido no CIAC, no período de outubro de 2008 à junho de 2009, com o teatro de fantoches. Logo depois, foi a minha vez de apresentar às crianças, o trabalho que será desenvolvido esse ano no CIAC. Expliquei de modo geral, como serão realizadas as atividades entre as turmas e o nosso objetivo final: a elaboração e apresentação conjunta de um Jornal.

Após expor a metodologia de trabalho, fizemos uma dinâmica de socialização, a fim de conhecer e interagir com a turma. A brincadeira consistia em pedir que cada criança desenhasse 5 ou mais desenhos que as representassem: do que gostavam e não gostavam, do que tinham medo, que profissão queriam seguir, etc. Depois, cada uma se apresentava (nome e idade) e explicava o significado de seus desenhos.

O primeiro contato foi bem proveitoso. A conversa e a dinâmica me ajudaram a conhecer um pouco do perfil de cada aluno, e isso é importante para a administração e andamento das atividades. Próxima semana darei início ao trabalho de pesquisa propriamente dito. Aguardem novidades!

quinta-feira, agosto 05, 2010

Educomunicação Ambiental: A relação do jovem com a mídia em temas ambientais

O blog da Sala Verde UFBA inicia hoje uma série especial que irá acompanhar o trabalho de pesquisa desenvolvido pela Sala Verde em parceria com o Centro integrado de apoio a Criança e Adolescente (CIAC), no Alto de Ondina. O relato de como serão desenvolvidas as atividades será disponibilizado aqui, em um diário semanal. Entenda agora a proposta da pesquisa.

Educomunicação Ambiental:
A relação do jovem com a mídia em temas ambientais

Por Gisele Santana¹

A preocupação com o meio ambiente vem aumentando ao longo dos anos e esse fenômeno é visível nos meios de comunicação, onde temas ambientais ganham espaço cada vez maior na cobertura mundial. Questões como mudanças climáticas, energia renovável,  transgênicos e desenvolvimento sustentável, entre outros, são temas  relevantes e controversos que exigem um acompanhamento  de informações, devidamente pautados pela mídia.

Mas como o jornalismo ambiental se apresenta para os jovens? Qual a relação entre temas ambientais conhecidos e adquiridos, a partir de dispositivos midiáticos? Como discutir educação ambiental através dos meios de comunicação?

Pensando nessas questões e tomando como base teórica os conceitos de Educomunicação2 e Meio Ambiente, essa pesquisa-ação tem como objetivo geral, investigar como se dá a apreensão de temas ambientais, apresentados pela mídia, entre os jovens da comunicade CIAC-Ondina. Posteriormente, pretende-se analisar estratégias de divulgação que procurem estimular e socializar o debate sobre questões ambientais, de forma a despertar o interesse dos jovens em uma visão crítica e responsável sobre o tema.

Partindo do princípio de divulgação científica e aliado ao projeto de ações educativas da Sala Verde Ciência, Arte & Magia, a metodologia empregada compreende diálogos e dinâmicas que levem os jovens a refletir sobre a condição ambiental em sua cidade. Para isso, faremos um levantamento sobre temas ambientais noticiados pela mídia durante a semana. O trabalho final irá resultar na edição de um Jornalzinho,  escrito e apresentado pelos próprios alunos, além de um documentário de curta-metragem demonstrando todo o processo de produção desse material.

Espera-se com essa pesquisa obter dados que identifiquem o relacionamento de crianças e adolescentes com questões ambientais tratadas nos meios de comunicação, para a partir daí, pensar estratégias de divulgação que facilitem e popularizem a educação ambiental.

1. Gisele de Santana Santos, graduanda em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia e integrante do Projeto Sala Verde UFBA. Orientadora: Rejâne Maria Lira da Silva, coordenadora do Programa Social de Educação, Vocação e Divulgação Científica da Bahia - Ciência, Arte & Magia.

2. Campo de implementação de políticas de comunicação educativa, tendo como objetivo geral o planejamento, a criação e o desenvolvimento de ecossistemas educativos mediados por processos de comunicação e pelo uso das tecnologias da informação. (SOARES, 2000)

domingo, julho 04, 2010

Estudantes em Foco: Tráfico de Animais Silvestres

O tráfico de animais silvestres é uma prática ilegal no Brasil, que contribui para aumentar os índices de extinção e consequentemente, ameaça a biodiversidade. Baseada nas leis da Constituição Brasileira, a estudante Andreza Santiago, se propõe à pesquisar as causas e consequências envolvidas no tráfico de animais.

O Tráfico de Animais Silvestres na Bahia

Por Andreza Santiago
 
O tema que eu resolvi escrever foi sobre Biodiversidade, aproveitando que agora em 2010, estamos comemorando o Ano Internacional da Biodiversidade, o que torna relevante ressaltar a importância das diferentes formas de vida existentes no nosso Planeta. A sua importância é muito grande para a comunidade biológica como um todo, devido às conseqüências negativas da retirada, por extinção, de qualquer espécie do seu habitat natural, já que vivemos numa teia de relações. Assim, precisamos refletir sobre a importância da preservação, inclusive, da fauna silvestre. A pesquisa que estou desenvolvendo tem por finalidade estudar uma pouco mais sobre o tráfico de animais silvestres na Bahia e entender melhor suas causas e consequências. Segundo a Organização Não-governamental WWF-BRASIL, animal silvestre é todo aquele animal que foi retirado da natureza e reage à presença do ser humano, tendo dificuldades para crescer e se reproduzir em cativeiro. Todos estes animais estão protegidos pela Constituição Brasileira de 1988 e por Leis, como a Lei da Fauna 5.197/67 e a Lei da Vida, da Natureza ou de Crimes Ambientais 9.605/98. 
 

A Lei da Fauna, que é de 1967, diz no seu artigo 1º que “Os animais de quaisquer espécies, em qualquer fase do seu desenvolvimento e que vivem naturalmente fora do cativeiro, constituindo a fauna silvestre, bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais são propriedade do Estado, sendo proibida a sua utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha”. Assim, o tráfico de animais é um comércio ilegal, no qual ocorre a captura, prisão e venda para benefício próprio. Estima-se que cerca de doze milhões de animais são traficados por ano no mundo e que esse comércio ilegal movimenta cerca de dez milhões de dólares anualmente. Minha pesquisa tem como aspectos específicos, investigar as causas e conseqüências do tráfico de animais, conhecer a rota utilizada pelos traficantes e as espécies de maior interesse. O aspecto geral desse trabalho se desenvolverá em torno de um estudo de caso que será realizado no Centro de Triagem de Animais Silvestres/IBAMA (CETAS), aqui em Salvador da seguinte maneira: em primeira instância, será feita um guia de observação, depois serão feitas algumas entrevistas à coordenadora e aos funcionários que cuidam diretamente dos animais que lá chegam. Por fim, será feito um painel com imagens colhidas para demonstrar o desenvolvimento dessa atividade em campo. Aguardem!

Andreza Costa da Silva Santiago, tem 16 anos, é estudante do Colégio da Polícia Militar (Dendezeiros), Bolsista de Iniciação Científica Júnior da FAPESB e está sendo orientada pela Profª. Rejâne Lira, coordenadora do Programa Social de Educação, Vocação e Divulgação Científica da Bahia.  

quarta-feira, junho 09, 2010

Entrega de Certificados - CIAC

              

A criançada do CIAC participou de uma tarde educativa e dinâmica na última quarta-feira (02/06/2010), com a visita da Sala Verde Ciência, Arte & Magia.

A coordenadora do projeto, Rejâne Lira e o estudante de psicologia, Bruno Pamponet, responsáveis pelo trabalho desenvolvido no CIAC em 2009 - "Ações da sala verde contra a violência entre as crianças e adolescentes da comunidade do Alto de Ondina-Salvador-Ba" - compareceram ao evento para a entrega dos certificados e Dvds do teatro de bonecos: "UZOTOCONTA: Histórias do Cotidiano" apresentado pelas crianças no ano passado, durante a 7ª Semana Nacional de Museus.

Os meninos e meninas ainda tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre histórias e mitos relacionados  á animais peçonhentos, através do teatro de fantoches, dessa vez, encenados por estudantes do curso de Biologia e Medicina Veterinária da UFBA, como requisito da disciplina de Zootoxicologia, ministrada também pela Profª Rejâne Lira.

Uma tarde divertida e produtiva tanto para as crianças, como para os estudantes do projeto, que conseguiram aliar educação ambiental á ludicidade. 



Estudantes em Foco: Violência Escolar

A violência escolar é um tema que ultimamente vem ganhando cada vez mais espaço nas mídias e nos debates sociais. Como estudante do ensino médio, Ingrid Lorena convive e observa de perto o comportamento agressivo de crianças e adolescentes nas escolas. Dessa proximidade com o problema, surgiu o interesse da jovem estudante direcionar sua pesquisa na investigação das possíveis inluências biológicas e sociais que interferem na conduta hostil de alunos em ambiente escolar.

As Bases Biológicas e Sociais do Comportamento Agressivo em Crianças

Por Ingrid Lorena

Nas minhas pesquisas, descobri que a violência escolar é um tipo de violência que, segundo a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (ABRAPIA), vem aumentando constantemente entre jovens estudantes. Por isso, me interessei em pesquisar sobre o comportamento agressivo de estudantes do ensino fundamental no primeiro ciclo do primeiro ao quinto ano, especificamente com o terceiro e quarto ano, e as possíveis influências biológicas e sociais neste tipo de comportamento. Escolhi pesquisar na minha escola, o Colégio da Polícia Militar (CPM), nos Dendezeiros) e o Centro de Integração e Apoio à Criança e ao Adolescente (CIAC), em Ondina.

A violência nos seres humanos é comumente vista como se fosse influenciada apenas por questões sociais, tais como a cultura e o ambiente em que se vive, ignorando assim o fato de que, enquanto animais, os instintos podem estar diretamente ligados a este tipo de conduta. O instinto é um simbolismo que representa a tendência natural de um indivíduo agir de determinada forma, podendo assim impulsionar comportamentos hostis.

Segundo a pesquisadora da Universidade de São Paulo, Marilena Chauí, a violência pode ser compreendida como a diferença hierárquica, na qual são apresentados fins de dominação, exploração e opressão. Considerando os direitos humanos, há violência quando existe anulação ou impedimento da fala de alguém, ou seja, quando se trata o ser humano não como indivíduo e sim como “coisa”. Todos são sujeitos a apresentar comportamentos agressivos em qualquer instante; porém são as crianças que estão mais passíveis a apresentar este tipo de conduta, pois além de estar em constante contato com a mídia ou internet, elas mantém relações com adultos que podem apresentar esse tipo de comportamento.


Os locais nos quais mais se pode perceber o comportamento violento infantil ou a indisciplina estudantil são as instituições escolares, tanto privadas como públicas. Porém, a indisciplina escolar é bem parecida com a violência escolar, pois ambas apresentam seus conceitos entrelaçados. A indisciplina é apresentada quando o aluno não cumpre as leis da instituição, ou seja, um estudante é considerado indisciplinado, quando descumpre as regras da escola, podendo assim classificar a violência como um tipo de indisciplina. Um dos fatores que dificulta a diferenciação dos termos, ou seja, a crítica sobre violência escolar é justamente a inexistência de um consenso sobre a violência, pois existe variação do conceito em função do estabelecimento, idade, sexo e até mesmo por quem a descreve, como os alunos, professores etc. O pesquisador francês Bernard Charlot aponta que a violência escolar pode ser classificada em níveis. O primeiro nível apresenta golpes, ferimentos e mais se aproxima do senso comum. O segundo nível é a violência das incivilidades, onde o indivíduo utiliza de uma forma de expressão que humilhe e falte com respeito em relação á outro. Por fim, o terceiro nível é o institucional que representa o abuso de poder na relação professor aluno, como também a permanência do aluno na escola onde o ensino e o conteúdo são alheios aos seus interesses. Existe ainda um termo que, segundo a ABRAPIA, compreende todos estes três níveis de violência escolar, o chamado Bullying. O Bullying é um termo que abrange todas as atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente. Portanto, os atos repetidos entre os estudantes e até mesmo o desequilíbrio de poder na relação professor-aluno, são características fundamentais neste contexto. Ainda segundo a ABRAPIA, uma pesquisa realizada em 2002 num município do Rio de Janeiro, envolvendo estudantes do ensino fundamental 2º ciclo dentre onze escolas, revelou que 40,5% desses alunos admitiram que já tiveram ligação direta com atos de Bullying. Portanto, devido a este aumento constante da violência entre jovens estudantes, escolhi pesquisar sobre o tipo de comportamento destes estudantes, bem como as possíveis influências sociais e biológicas que possam interferir na conduta adotada por eles, visto que este tipo de violência vem sendo mais acentuado que outros.

Ingrid Lorena da Silva Gomes, tem 15 anos, é estudante do Colégio da Polícia Militar (Dendezeiros), Bolsista de Iniciação Científica Júnior do PIBIC UFBA FAPESB e está sendo orientada pela Profª. Rejâne Lira, coordenadora do Programa Social de Educação, Vocação e Divulgação Científica da Bahia. 

quarta-feira, maio 19, 2010

Estudantes em Foco: Degradação da Mata Atlântica

Preocupado com a preservação dos ecossistemas inseridos na composição florestal da Mata Atlântica, o estudante Renato Carvalho foca sua pesquisa na relação entre o desenvolvimento urbano da cidade de Salvador e a consequente degradação do bioma Mata Atlântica.

O Desenvolvimento de Salvador e a Degradação da Mata Atlântica

Por Renato Carvalho

A Mata Atlântica é um conjunto de ecossistemas associados (restingas, manguezais, etc.) que formavam um grande contínuo florestal à época do descobrimento do Brasil.
Um ecossistema tem como fonte de energia externa a luz solar, que é captada pelas plantas, que a transformam em energia química e a utilizam na fotossíntese, sendo a primeira etapa no ciclo da energia e da matéria no ecossistema. A vantagem de todo ecossistema é a biodiversidade: é dinâmico e tem um número variável de organismos que freqüentemente se adaptam ao clima, disponibilidade de energia; tem capacidade de auto-regulação, mantendo-o em funcionamento perfeito, independente das variações ambientais (homeostase). A desvantagem do ecossistema é que existe um limite de auto-regulação. Um ecossistema torna-se degradado quando perde sua capacidade de recuperação natural, ou seja, sua resiliência, devido a distúrbios, que podem ser, ou naturais, ou antrópicos. Exemplos de distúrbios naturais são: deslizamento de terras, queda de árvores, incidência de raios, etc. Os distúrbios antrópicos são aqueles causados pela ação direta do ser humano. Com a ação antrópica de forma desordenada, a capacidade de auto-regulação dos ecossistemas diminui causando, impactos ambientais, que podem provocar danos irreparáveis. Salvador não foge à regra. A capital da Bahia se encontra na entrada da Baía de Todos os Santos, na costa brasileira. A Mata Atlântica se estende, ou pelo menos se estendia quase que continuamente, na faixa costeira, de Santa Catarina até o Rio Grande do Norte, recobrindo esta área onde a cidade se encontra.


O desenvolvimento acelerado da cidade vem acompanhado da constante degradação das áreas florestadas, influenciando na degradação do Bioma Mata Atlântica. O processo de expansão urbana e desenvolvimento acelerado da capital, a partir da década de 1950, aumentaram a demanda por áreas de residência, que antes se concentrava no centro, se estendendo às áreas de periferia. Grande parte da degradação da Mata causada pelo crescimento da cidade se deve ao mau planejamento dos prefeitos e governadores ao longo de seus 461 anos, resultante de políticas que favorecem o capitalismo selvagem e, conseqüentemente, contribuindo na instalação de indústrias, complexos residenciais e outros em áreas antes florestadas da cidade de Salvador.

A degradação das áreas florestadas da Mata Atlântica tem influência tanto política quanto social. Perceba: a Mata Atlântica possui uma Legislação Específica. Inclusive, é considerada Patrimônio Nacional pela Constituição Federal de 1988. Porém, há um desrespeito e um descumprimento das leis por parte da população da cidade, no uso inadequado e na poluição das áreas de Mata. E, se por um lado há a interferência da população, há também a falta de uma postura rígida das autoridades responsáveis pela conservação ambiental, no sentido de preservarem o que ainda resta das florestas e de conscientizar a população local. Essa consciência é o que nos falta. E ela deve ser o produto de uma compreensão do processo de crescimento histórico de Salvador e a degradação da Mata, que envolve questões políticas e sociais, como citado anteriormente.
 
Renato Allan da Silva de Carvalho, tenho 16 anos, sou estudante do Colégio da Polícia Militar (Dendezeiros) cursando o II Ano do Ensino Médio, Bolsista de Iniciação Científica Júnior da FAPESB e orientado pela Profª. Rejâne Lira, coordenadora do Programa Social de Educação, Vocação e Divulgação Científica da Bahia.

quarta-feira, maio 12, 2010

Estudantes em Foco: Lixo Eletrônico

O avanço tecnológico dos últimos anos aumentou a produtividade dos eletrônicos, tornando os bens de consumo obsoletos cada vez mais rápido. Diante disso, e aliado á exacerbada cultura de consumo, surge a problemática à que o estudante Julio Roberto se propõe á pesquisar. O que fazer com o lixo eletrônico?

Tomando como objeto de estudo o computador, o estudante procura conscientizar a população sobre a melhor maneira de se fazer o descarte da máquina, sem que esta cause grandes agressões ao meio ambiente.

Para onde vão os velhos computadores?

Por Julio Roberto

Segundo Ferreira (2006) lixo é tudo aquilo o que não presta e que é jogado fora. Lixo também é considerado uma ou mais coisas inúteis, velhas, sem valor. O mesmo autor indica que resíduos são os restos, substâncias orgânicas ou não, encontradas no meio ambiente e que podem ser divididos em líquidos, sólidos e gasosos. Braga (2005) indica que resíduos sólidos são resultado de atividades da comunidade, podendo ser de origem industrial, doméstico e comercial e são altamente prejudiciais à saúde ambiental. Existem vários tipos de lixo: doméstico, que na sua maioria é orgânico; hospitalar; industrial; eletrônico; entre outros. Devido ao avanço tecnológico e o crescente investimento das empresas nas novas tecnologias no ramo da informática, como o lançamento das telas LCD, tem ocorrido o rápido aumento do consumo de produtos de informática, aumentando o descarte inadequado dos equipamentos eletro informáticos.


Com base na revista Abril (1997), os computadores duravam dois anos, em 2005 a sua durabilidade reduziu para um ano. Na última pesquisa realizada em 2009, os mesmos passaram a durar apenas seis meses. Seguindo as definições de Ferreira (2006), os computadores só se tornam lixo informático ou eletrônico, a partir do momento em que são dispensados pelo indivíduo que o utilizava. Porém, quando descartados em locais indevidos acabam tornando-se resíduos. Minha pesquisa pretende socializar o conhecimento sobre os resíduos tecnológicos gerados pelos computadores e o destino mais adequado para os mesmos, quando descartados pelos usuários, conscientizar adolescentes como eu, e também os adultos, para a responsabilidade de um consumo consciente.

Julio Roberto Oliveira dos Santos, tem 15 anos, é estudante do Colégio Estadual Evaristo da Veiga, Bolsista de Iniciação Científica Júnior da FAPESB e está sendo orientado pela Profª. Rejâne Lira, coordenadora do Programa Social de Educação, Vocação e Divulgação Científica da Bahia.