Salas Verdes

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quarta-feira, junho 09, 2010

Estudantes em Foco: Violência Escolar

A violência escolar é um tema que ultimamente vem ganhando cada vez mais espaço nas mídias e nos debates sociais. Como estudante do ensino médio, Ingrid Lorena convive e observa de perto o comportamento agressivo de crianças e adolescentes nas escolas. Dessa proximidade com o problema, surgiu o interesse da jovem estudante direcionar sua pesquisa na investigação das possíveis inluências biológicas e sociais que interferem na conduta hostil de alunos em ambiente escolar.

As Bases Biológicas e Sociais do Comportamento Agressivo em Crianças

Por Ingrid Lorena

Nas minhas pesquisas, descobri que a violência escolar é um tipo de violência que, segundo a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (ABRAPIA), vem aumentando constantemente entre jovens estudantes. Por isso, me interessei em pesquisar sobre o comportamento agressivo de estudantes do ensino fundamental no primeiro ciclo do primeiro ao quinto ano, especificamente com o terceiro e quarto ano, e as possíveis influências biológicas e sociais neste tipo de comportamento. Escolhi pesquisar na minha escola, o Colégio da Polícia Militar (CPM), nos Dendezeiros) e o Centro de Integração e Apoio à Criança e ao Adolescente (CIAC), em Ondina.

A violência nos seres humanos é comumente vista como se fosse influenciada apenas por questões sociais, tais como a cultura e o ambiente em que se vive, ignorando assim o fato de que, enquanto animais, os instintos podem estar diretamente ligados a este tipo de conduta. O instinto é um simbolismo que representa a tendência natural de um indivíduo agir de determinada forma, podendo assim impulsionar comportamentos hostis.

Segundo a pesquisadora da Universidade de São Paulo, Marilena Chauí, a violência pode ser compreendida como a diferença hierárquica, na qual são apresentados fins de dominação, exploração e opressão. Considerando os direitos humanos, há violência quando existe anulação ou impedimento da fala de alguém, ou seja, quando se trata o ser humano não como indivíduo e sim como “coisa”. Todos são sujeitos a apresentar comportamentos agressivos em qualquer instante; porém são as crianças que estão mais passíveis a apresentar este tipo de conduta, pois além de estar em constante contato com a mídia ou internet, elas mantém relações com adultos que podem apresentar esse tipo de comportamento.


Os locais nos quais mais se pode perceber o comportamento violento infantil ou a indisciplina estudantil são as instituições escolares, tanto privadas como públicas. Porém, a indisciplina escolar é bem parecida com a violência escolar, pois ambas apresentam seus conceitos entrelaçados. A indisciplina é apresentada quando o aluno não cumpre as leis da instituição, ou seja, um estudante é considerado indisciplinado, quando descumpre as regras da escola, podendo assim classificar a violência como um tipo de indisciplina. Um dos fatores que dificulta a diferenciação dos termos, ou seja, a crítica sobre violência escolar é justamente a inexistência de um consenso sobre a violência, pois existe variação do conceito em função do estabelecimento, idade, sexo e até mesmo por quem a descreve, como os alunos, professores etc. O pesquisador francês Bernard Charlot aponta que a violência escolar pode ser classificada em níveis. O primeiro nível apresenta golpes, ferimentos e mais se aproxima do senso comum. O segundo nível é a violência das incivilidades, onde o indivíduo utiliza de uma forma de expressão que humilhe e falte com respeito em relação á outro. Por fim, o terceiro nível é o institucional que representa o abuso de poder na relação professor aluno, como também a permanência do aluno na escola onde o ensino e o conteúdo são alheios aos seus interesses. Existe ainda um termo que, segundo a ABRAPIA, compreende todos estes três níveis de violência escolar, o chamado Bullying. O Bullying é um termo que abrange todas as atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente. Portanto, os atos repetidos entre os estudantes e até mesmo o desequilíbrio de poder na relação professor-aluno, são características fundamentais neste contexto. Ainda segundo a ABRAPIA, uma pesquisa realizada em 2002 num município do Rio de Janeiro, envolvendo estudantes do ensino fundamental 2º ciclo dentre onze escolas, revelou que 40,5% desses alunos admitiram que já tiveram ligação direta com atos de Bullying. Portanto, devido a este aumento constante da violência entre jovens estudantes, escolhi pesquisar sobre o tipo de comportamento destes estudantes, bem como as possíveis influências sociais e biológicas que possam interferir na conduta adotada por eles, visto que este tipo de violência vem sendo mais acentuado que outros.

Ingrid Lorena da Silva Gomes, tem 15 anos, é estudante do Colégio da Polícia Militar (Dendezeiros), Bolsista de Iniciação Científica Júnior do PIBIC UFBA FAPESB e está sendo orientada pela Profª. Rejâne Lira, coordenadora do Programa Social de Educação, Vocação e Divulgação Científica da Bahia. 

5 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

eu acho que a violencia tem que parar para todos porque eu acho que è um absurdo o povo briga, morde,mata,e etc.tem que parar com essa violencia porque quem constroi è que acaba se prejudicando!

ιи∂ιι ¢σвαιи . disse...

Com certeza, infelizmente é um fator que vai estar sempre na sociedade. Porém, é sempre bom conhecer para que assim se possa evitar.

Anônimo disse...

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