Salas Verdes

A Sala Verde "Ciência, Arte e Magia" tem como missão popularizar o acesso à informação sobre o meio ambiente e funcionar como um espaço democrático de atuação social, cultural, política e ambiental.

segunda-feira, abril 19, 2010

Estudantes em Foco: A História da Suçuarana em Salvador

O número de animais ameaçados de extinção continua a crescer no Brasil, segundo dados do IBAMA. A Suçuarana é uma dessas espécies que corre risco de desaparecer. Seguindo por esse viés, a aluna Ana Maria Marques investiga a ameça de extinção da Suçuarana em Salvador e se há relação entre o animal e o bairro homônimo da cidade.

A História da Suçuarana em Salvador

Por Ana Maria Marques





Estou desenvolvendo uma pesquisa que trata da ameaça de extinção da suçuarana em Salvador e também procurando saber se o nome do bairro Sussuarana, tem a ver com estes animais.






Puma concolor é o nome que os cientistas dão às conhecidas suçuaranas, um felino de grande porte que habita várias regiões da América, por isso seu pêlo pode ser curto ou longo e variar de cor como marrom-acizentado claro e marrom-avermelhado escuro. Por incrível que pareça, os filhotes nascem com pintas, mas quando atingem a fase adulta adquirem cor uniforme. Em 2009, a suçuarana foi classificada como espécie vulnerável em extinção, pelo Ministério do Meio Ambiente. A minha pesquisa, “A história da Suçuarana em Salvador”, além de trazer informações sobre este mamífero traz uma curiosidade sobre um bairro situado em nossa cidade, também chamado Sussuarana, que pensamos ter uma relação com o animal. Este bairro surgiu de uma pequena invasão em 1982. Outra informação contida neste trabalho é uma discussão sobre a degradação da Mata Atlântica de Salvador, que é o habitat de muitas espécies ameaçadas de extinção, inclusive da suçuarana que já foi extinta aqui, lembrando que o ser humano, através da ocupação desordenada da cidade, tem sido o principal causador da destruição dessa fonte de biodiversidade.


Fonte




Sabemos que, para preservar uma espécie, não basta apenas cuidar do animal, mas sim do habitat, porque o habitat pode receber uma nova espécie, caso uma seja extinta, mas o animal não terá para onde ir se sua “casa” for destruída. As principais ameaças, resultantes das atividades humanas para a biodiversidade, são a fragmentação e destruição do habitat, superexploração das espécies para uso humano, introdução de animais exóticos (que não ocorriam antes naquela área) e aumento da ocorrência de doenças. Por isso, devemos refletir que o desenvolvimento é importante, mas precisamos respeitar o meio ambiente, criando áreas de preservação dentro da nossa cidade, que proteja parte da nossa fauna e flora, para uma melhor qualidade de vida dos próprios cidadãos. Lembrando novamente que o ser humano influencia bastante no meio ambiente, cabendo a ele escolher se quer destruir ou crescer de forma sustentável, não só aqui em Salvador, mas em todo o mundo.



Ana Maria Sousa Marques é estudante do Colégio Estadual Evaristo da Veiga, Bolsista de Iniciação Científica Júnior da FAPESB e está sendo orientada pela Profª. Rejâne Lira, coordenadora do Programa Social de Educação, Vocação e Divulgação Científica da Bahia.

terça-feira, abril 13, 2010

Estudantes em Foco: Os impactos do aquecimento global

Aquecimento global é um assunto que nos últimos anos permanece mundialmente em pauta nos meios de comunicação. Efeito estufa, derretimento das calotas polares... Não há quem não tenha ouvido falar nessas expressões, mas o que as pessoas realmente sabem sobre o tema? Que consequências esse fenômeno pode causar? Pensando nessas questões, o estudante Daniel Barreto propõe estudar os “impactos do aquecimento global sobre o meio ambiente e os seres humanos.”

Os impactos do aquecimento global sobre o meio ambiente e os seres humanos: o que os soteropolitanos pensam disso?

Por Daniel Barreto



O aquecimento global é um fenômeno que interessa a muitas pessoas e que está constantemente na mídia do mundo todo. Mas o que é este fenômeno? O que o caracteriza? Como as pessoas podem ser afetadas?




O aquecimento global vai muito além do que a mídia apresenta. Sabe-se que o aumento de emissão de gases de efeito estufa, como dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4), é capaz de manter o calor incidido pelos raios solares na atmosfera terrestre; logo, aumenta a concentração desses gases, há maior retenção de calor e aumenta a temperatura média da Terra. Não se pode falar de aquecimento global sem mencionar os ciclos naturais de aquecimento e resfriamento que a Terra já passou, independente da presença ou da ação do Ser Humano. Além desses ciclos, outros fenômenos como o próprio efeito estufa, a deriva continental (que é a movimentação dos continentes no oceano), a circulação do ar e das correntes marinhas, os movimentos de precessão(fenômeno físico que consiste na mudança do eixo terrestre), rotação e translação da Terra podem modificar o clima e levar a um aquecimento global. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPPC) criado em 1988, pela Organização Meteorológica Mundial e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) apresentou descobertas que provam o aumento da temperatura da troposfera, camada atmosférica que se estende da superfície da Terra até a base da estratosfera, com cerca de 17 km. Descobertas como a constatação de que desde 1861, a temperatura média global da troposfera se elevou 0,6ºC e o derretimento das geleiras provam que está ocorrendo um aquecimento no planeta. Na Antártica, especificamente, as análises e os estudos feitos são de grande importância, pois esse continente é responsável por controlar o sistema climático, visto que é formado por águas profundas de todos os oceanos do planeta e pode alterar o nível dos mares.



O aquecimento global pode trazer muitas conseqüências, sendo elas benéficas e/ou maléficas. Exemplos benéficos são o beneficiamento de determinadas áreas com invernos menos rigorosos e as chuvas em lugares secos, favorecendo a agricultura, a distribuição de algumas espécies de animais e o próprio Ser Humano. Os exemplos maléficos são o aumento do nível do mar, com a conseqüente inundação de cidades costeiras, áreas agrícolas e O desaparecimento de ilhas, o calor excessivo, os incêndios florestais, a extinção de espécies, a multiplicação de insetos nocivos e de organismos que podem transmitir doenças. Não se sabe ao certo se existem doenças que são causadas ou não pelo aquecimento global, mas especula-se que com esse fenômeno, haverá proliferação de malária e dengue, por exemplo, além de propiciar ambientes mais quentes para multiplicação de algumas doenças virais e bacterianas. Então pessoal é pensar no assunto e fazer a nossa parte!

Daniel Andrade Barreto de Sousa, é estudante do Colégio da Polícia Militar (Dendezeiros), Bolsista de Iniciação Científica Júnior da FAPESB e está sendo orientado pela Profª. Rejâne Lira, coordenadora do Programa Social de Educação, Vocação e Divulgação Científica da Bahia.

Reunião de Salas Verdes de Salvador e Região Metropolitana


A 1ª reunião de 2010 das Salas Verdes de Salvador e Região Metropolitana apresentou palestras e trabalhos de pesquisa relacionados ao meio ambiente, dando início às atividades que serão desenvolvidas no projeto durante este, que é o Ano Internacional da Biodiversidade.

Convidados pela Sala Verde Ciência, Arte & Magia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), compareceram ao evento as Salas Verdes: Avante, Chico Mendes FTC Salvador, ISBA, Manguezal meu quintal, SMA e UCSAL.

O evento inciou com a palestra da prof.ª Simone Bortoliero, dr.ª em Comunicação Científica (UMESP/SP), discutindo o modo como a mídia aborda o tema ambiental. Logo depois a estudante de jornalismo da Faculdade de Comunicação da UFBA (FACOM), Mariana Sebastião, apresentou seu trabalho sobre a ação das Salas Verdes de Salvador e Região Metropolitana.

Para encerrar, os estudantes de Iniciação Científica Júnior (ICjr) do Projeto Ciência, Arte & Magia expuseram seus planos de pesquisa à serem trabalhados junto à Sala Verde da UFBA.




Ana Maria Marques - A história da suçuarana em Salvador.

Andreza Santiago - O tráfico de animais silvestres na Bahia.

Daniel Andrade - Os impactos do aquecimento global sobre o meio ambiente e os seres humanos: o que os soteropolitanos pensam disso?

Igor Gomes - Percepção dos estudantes da cidade de Salvador em relação à energia nuclear.

Ingrid Lorena - As bases biológicas e sociais do comportamento agressivo em crianças.

Julio Roberto - Para onde vão os velhos computadores?

Mariele Estrela - Qual a melhor maneira de descartar os aparelhos celulares?

Renato Carvalho - O desenvolvimento de Salvador e a degradação da Mata Atlântica

Cada um desses trabalhos será fonte de pesquisa para a construção de jogos eletrônicos educativos, relacionados ao assunto. Esse é um modo de incentivar os jovens à pesquisa científica e ao ensino-aprendizagem de forma lúdica. Durante as próximas semanas cada trabalho será apresentado aqui pelos próprios alunos, em uma edição especial: Estudantes em Foco. Aguardem as novidades e não deixem de conferir como andam os projetos.